Notícias sobre pensão de Salgado são "tentativa de condicionamento"

O advogado do antigo presidente do BES garante que Ricardo Salgado não foi informado de qualquer alteração sobre a sua pensão ou as de outros administradores.
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"As notícias imprecisas que têm vindo a ser cirurgicamente divulgadas neste momento tão relevante do processo judicial, são evidentes, inaceitáveis e populistas tentativas de condicionamento de importantes decisões judiciais", afirma o advogado, Francisco Proença de Carvalho, sublinhando que o banqueiro não foi notificado de qualquer decisão da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões ou do Novo Banco.

O banqueiro reage assim às notícias conhecidas esta semana de um parecer do regulador segundo o qual Vítor Bento não tinha razão legal para reduzir as pensões dos administradores do banco. Assim sendo, Salgado e os restantes administradores, veriam desaparecer o teto que limitava as suas pensões, passando o banqueiro a receber 90 mil euros brutos por mês (o triplo da pensão atual) e ainda perto de 1 milhão de euros em retroativos.

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Alteraçõesde que Ricardo Salgado nega ter conhecimento. Também esta semana soube-se que o juiz Carlos Alexandre decidiu reduzir para metade a caução aplicada ao banqueiro no processo Monte Branco.

"Como é do conhecimento público através dos comunicados emitidos pela PGR, encontram-se neste momento em reavaliação as medidas de coação a que o Dr. Ricardo Salgado está sujeito", no processo Universo Espírito Santo, "que versam sobre um dos mais importantes direitos de qualquer cidadão numa democracia: a liberdade", recorda o advogado, que acredita que aquelas notícias são uma tentativa de condicionar essa decisão.

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"Por respeito aos Tribunais e porque o processo está em segredo de justiça", a defesa afirma que continuará a falar apenas sobre a sua posição no processo judicial, em matérias em discussão, e reforça a sua crença na isenção dos agentes judiciais. "Acreditamos que os agentes judiciais são imunes a pressões mediáticas e aplicarão, apenas e só, a Lei", conclui Francisco Proença de Carvalho.

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